Bruno Moita, aluno da 29ª turma do MBP, a pós-graduação em petróleo & gás da COPPE/UFRJ, fala sobre o tema de seu TCC (Descrição de uma unidade de Hidrotratamento de Nafta).
Engenheiro Químico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC) em 2011 e é formando da 29ª turma de petróleo e gás da COPPE/UFRJ (MBP). Trabalhou no Consórcio PMP/CONPAR em projetos para Petrobras, como a modernização e ampliação da REPAR – Refinaria Presidente Getulio Vargas , Parana. Hoje trabalha no Consórcio PSG/EEP, No projeto e construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu em Maragogipe, Bahia, onde serão construídas sondas de perfuração para Petrobras.
1. Por que você escolheu este tema para seu TCC?
Escolhi este tema pois quero mostrar a importância da unidade de hidrotratamento de nafta na cadeia de refino do petróleo além de descrever os aspectos técnicos sobre o funcionamento desta unidade. Outro ponto importante e determinante para escolha deste tema é a necessidade de desenvolvimento da indústria do refino no Brasil. Com a descoberta do PreSal, a produção de petróleo elevou o Brasil à um novo patamar. Agora é preciso desenvolver também a indústria de refino, para nos tornarmos autossuficientes.
2. Qual foi a dificuldade para encontrar material de pesquisa? Quais autores de livros e artigos ( em papel ou digital) mais lhe agradaram? Você poderia citar o título de ao menos dois destes livros/artigos/sites?
Não tive muita dificuldade para encontrar material de pesquisa sobre unidades de hidrotratamento.
Já trabalhei em projetos neste ramo e com isso tenho material sobre esse assunto. Além disso os professores do MBP, especialmente do módulo sobre refino disponibilizaram bons materiais.
Algumas bibliografias utilizadas foram:
Elie Abadie – Processos de Refinação – Universidade Corporativa Petrobras
Nilo Indio do Brasil – Processamento de Petroleo e Gas
3. Em sua opinião pessoal, qual o fator mais crítico para o sucesso e quais são os riscos para esta atividade?
O fator crítico para o sucesso da atividade de refino é conhecer as características do óleo que será refinado para assim obter a melhor eficiência no processo. Os riscos são inúmeros: Riscos ambientais: A atividade de refino envolve produtos químicos nocivos ao meio ambiente. Por isso é muito importante o uso de materiais de boa qualidade além de um rigoroso sistema de controle e segurança da planta para minimizar e até evitar qualquer tipo de acidente. Nos dias atuais com as leis ambientais cada vez mais rigorosas busca-se sempre novas tecnologias que diminuam qualquer tipo de poluição ou contaminação ao meio ambiente.
Além dos riscos ambientais temos os riscos políticos e econômicos: Comparado a atividade de E&P, o Refino é muito menos rentável. A margem de lucro do refino é bem menor. Por isso essa atividade acaba sendo deixada de lado por empresas do setor petrolífero que dão ênfase na atividade de produção e exploração.
4. O senhor acredita que a área de refino irá gerar muitas vagas no mercado de trabalho?
Sim. Acredito que, devido a exploração do pré-sal, irá surgir uma demanda por novas refinarias gerando assim muitas vagas no mercado de trabalho tanto na área de engenharia e construção como para a sua própria manutenção.
5. Você está conseguindo aplicar na prática os conhecimentos adquiridos ao longo de sua pesquisa?
Hoje não trabalho na área de refino. No entanto é uma das áreas que tenho maior interesse e por isso acredito que o conhecimento adquirido será muito importante.